28.12.14

Excomungado


















Há em ti
um pequeno pecado que me torna
excomungado
um desejo abençoado
como semente lançada ao teu corpo
que não me deixa repousar
desta noite quente onde transpira o meu peito
como um eterno fio de água
que se torna mar imenso
sempre uma vastidão para além de ti
onde já não posso chegar
um azul transparente rebelde
da cor que já não importa
como se outra cor fosse ou importasse
hoje que as minhas mãos me deixam esquivo
ao teu toque
ao teu aprender
de não me quereres
das mãos perdidas
apartadas
das escolhas simples
das minhas
onde longe navegas
e não te sei alcançar


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