12.1.19

Dança
















é deste calor ténue
que o meu corpo se alimenta
quando o sol irrompe pelos vidros
e se desnuda
no afago breve de te sentir tão perto
o calor dos teus lábios
dois passos de dança ágeis
e a tua cintura fina nas minhas mãos
voando
é da forma inexata como me expresso
que a angústia salta do meu peito
e as palavras têm tão pouco a dizer
apenas tua fronte encostada ao meu pescoço
o calor dos teus lábios no meu peito
o sentir sem tempo
dois corpos que não se unem
e gritam
doendo
sós
como este poema custa a escrever
e se perde
no alvor das primeiras horas

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