as mulheres
loucas
assustam-me
quando
correm esbracejando nas
avenidas
límpidas, direitas
dizendo
impropérios
antes fossem
homens estropiados
loucos semi
– nus coléricos naturais
não quero deixar
de lado o que vejo
embora
dentro de mim
tudo seja
tão claro
e hajam
palavras antigas de que me recordo
os cheiros
e músicas
que me levam pela mão
inadequados,
enganos
os sons que
vejo
são memórias
dispendiosas
cristais
pendurados
heranças de
família
pressinto e
não quero olhar
e quando
vejo
o tempo que
gasto a ver
cansa-me
e volto
dentro de mim
e esta casa,
minha
destelhada,
sem portas
onde a
esperança são dois vãos de
escada
e a entrada
se faz por todos os olhos
que me
vigiam
recuso ficar
sentado, mesmo que o céu
esteja na
beira da minha loucura
antes partir
e deixar de
ouvir os meus sentidos
antes sair e
trazer de novo os sons
os mais
fracos aguados
como as
chuvas veraneias
fruto do
tempo
onde as
marés mandam
e o sol
nasce sem saber o que vestir
fico à beira
do lugar onde sempre soube
encontrar-te
não te
espero por te ouvir chegar
olho-te e
sei que chegarás.
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