31.12.13

Mil dias



















Há mil dias
que o sol não descansa, o brilho foge aos poucos, esmorece
a luz foge entre as farpas
das madeiras fracas, ocres, escuras.

Olho-te e nada vejo…

Já não és o primeiro dia
nem as tuas lágrimas me surpreendem.
os teus beijos, por vezes calam-me
e o teu toque sabe ao toque dos deuses
que suaviza e reclama os ventos,
como o mar que cheira aos teus cabelos
e se deixa ficar, liso, salgado.

Há mil dias que deixo os meus pés por aí
descalços, sem meias
sem nada que me desfaça da vontade.
Há mil dias
que o tempo das horas morreu,
mil dias sem o teu colo

mil dias sem descansar.

1 comentário:

OceanoAzul.Sonhos disse...

Intensas as tuas palavras Jorge, como sempre.

Bom Ano!
abraço

cvb