Há mil dias
que o sol
não descansa, o brilho foge aos poucos, esmorece
a luz foge
entre as farpas
das madeiras
fracas, ocres, escuras.
Olho-te e
nada vejo…
Já não és o primeiro
dia
nem as tuas
lágrimas me surpreendem.
os teus
beijos, por vezes calam-me
e o teu
toque sabe ao toque dos deuses
que suaviza
e reclama os ventos,
como o mar
que cheira aos teus cabelos
e se deixa
ficar, liso, salgado.
Há mil dias
que deixo os meus pés por aí
descalços,
sem meias
sem nada que
me desfaça da vontade.
Há mil dias
que o tempo
das horas morreu,
mil dias sem
o teu colo
mil dias sem
descansar.
1 comentário:
Intensas as tuas palavras Jorge, como sempre.
Bom Ano!
abraço
cvb
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