imagino-me
nos olhos dos outros,
sou
apenas o reflexo da luz,
a
minha vontade e os meus desejos
recolhem-se
neste casulo,
neste
novelo de nós atados e desatados,
não
desvendo nem percebo
o
que os outros percebem e vêem,
apenas
cheiro de palavras e gestos
amontoados
que falam para, e de mim.
somos
a confusão dos nós e dos novelos
miramo-los
de ombros baixos, caídos.
e
as pontas paradas não desfiam a vida
e
os nós são montanhas enormes
transponíveis
fáceis
quando
sei quem sou
quando
torço a vontade
e
no espelho imagino que me vês assim,
olhando-me
e
te estendo a mão generosa
e
num sorriso sei
que
estou nos teus olhos certo
do
meu lado.
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