A poesia às vezes
começa assim,
as palavras seguindo-se umas
às outras
como carreiras de formigas
sem sabermos onde vão
a não ser que as sigamos…
e a palavra soberana é rainha
que nunca está à vista
como as palavras mais simples
escondidas
irreveladas
solteiras.
a poesia solta-se
como máscara
de todos os silêncios que me apetecem
desflorar,
como pegada leve, quase
despercebida,
em cada canteiro semeado.
a poesia vem e despede-se
e eu digo-lhe um adeus
vago
porque sei que há-de voltar.
1 comentário:
Lindo, como tu POETA
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