Nem sei bem a razão
porque me tremem os lábios
ao murmurar teu nome,
nem conheço a razão como
aceito este pecado
e já não sei fugir de mim.
Os nossos olhos olham-se
quando as máscaras secam ao sol
rasas da água que as inundou
navegando neste rio
farto das pedras que me acertam.
Sei que te pego as mãos
cheias desse toque quente
onde o teu nome é uma flor
e um céu azul de sábado,
e nesta seara loura
tomo tuas coxas
e deslumbro-me nas palavras
com que desenho
o voo dos pássaros
e a maré fresca das auroras
onde repousas
apertada nos meus braços
e nos confortamos
num beijo
que os corações falam sem silêncio
e sabem o que podem dizer
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