25.10.12

Fosse eu














Se eu pudesse escrever poemas
do tamanho do quanto eu te amo,
se eu voasse pelas asas do pássaro grande
e as lágrimas
que o vento provoca
pudessem levar a água às terras secas,
se eu pudesse mostrar como o peito rebenta
no milagre da tua presença,
e todos os que amam
se levantassem em guerra
pelo amor que se perde pelas frestas
dos muros levantados.
se eu soubesse cantar as músicas que me quebram
e diante de ti,
a minha expressão te seduzisse
e as letras que formam as palavras
fossem os soldados
que falam nas praças grandes,
 e os lábios da cor dos cravos
apenas beijassem
e o valor de um sorriso
tivesse dentro a medicina das curas
milagrosas.
E se o meu piano
fosse este teclado negro e branco
e cada frase em tom menor
tivesse à lapela um som maior.
se eu fosse todas as rodas de dança
e tu
um corpete onde adivinho a noite.
se tudo fosse…,
deixaria os poemas dormir
e nos teus olhos recitaria eternamente
este meu querer.

1 comentário:

Anónimo disse...

e tu
um corpete onde adivinho a noite.
se tudo fosse…,
deixaria os poemas dormir
e nos teus olhos recitaria eternamente
este meu querer.

que lindo...bj, ana