Escrevo nos
cantos das folhas
os versos
que não sei dizer,
embaraço
cada letra em novelos
e jogo no ar
as pingas de
chuva
que nunca me
dessedentam.
Não sei se algum dia
o sol me
entenderá
ou se os
pássaros deixarão de fugir
quando os
contemplo
apenas
parado a ouvir.
Sou corpo
de mãos
secas,
das palmas
das mãos gretadas
de tanto mar
que passa
nestes tempos
do silêncio
e das areias
que se metem
por todos os
poros.
Escrevo num
propósito
exorcizo a
magia
de te ter
por aqui.
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