5.9.12

Rapport














Olhas - olho;
sorris - sorrio;
a tua mão estende-se -
a minha mão, paralela, acompanha-a;
moves-te - movo-me;
dizes, e nas frases que eu digo
solto as tuas palavras.
Somos sempre dois,
quando me percebes
e eu sigo o teu sentido
e nos colamos
na verdade do calor que desprendemos
e no livro que lemos
a dois;
e o teu mundo
é a minha casa,
e a minha casa
teu alpendre onde te estendes
e bebemos um chá verde
gelado, em pequenos golos,
saboreias – saboreio;
e és tu - e sou eu,
e os nossos desenhos
e as nossas palavras
e as nossas músicas
brincam aos nossos pés.
falas baixo, calma
e calmo e em tom baixo
é a minha vez de te dizer
amo-te
e tu olhas
e tu sentes
e dizes-me
amo-te.
Nada mais
Tudo isto
E muito mais que isto,
Entendo-te – entendes-me.

1 comentário:

maria joão moreira disse...

Belo poema... e belo é o amor, quando se alimenta dessa cumplicidade.