24.7.07

Divagação


foto de LiaPansy

Nas ruas que se escancaram
rebatem lentamente as horas,
cadencias das torres sineiras
que não te percebem,
escondida,
nas esquinas desbotadas.
O trânsito das almas
inocentes
desce em direcção às sopas
do jantar,
aos braços dos que ficaram
por esperar.
Subo de encontro à corrente
passo por rostos
intraduzíveis,
perdidos na fotogenía barata
das notícias verdadeiras,
roço-me
por mulheres destinadas
ás camas, de homens
que se deitam mais tarde,
depois que a cozinha se aprume
e o lume se apague.
Meto pelas vielas
que não se deixam encontrar,
abro as solas dos sapatos
nas esquinas dos balcões,
onde me abstenho de mim
e me incorporo, verde
em absintos, que me livrem
de sentir,
a dura caminhada
que ainda tenho por fazer.

7 comentários:

Anónimo disse...

Olá amigo,

Obrigada, pelo carinho deixado no virtualrealidade.

Deixo o nome do meu blog

http://singular.blogs.simplesnet.pt

Beijinhos

Isa

PoesiaMGD disse...

Sente... é bem melhor!
Um abraço

T disse...

Olá Jorge,
Obrigada sempre pelas tuas palavras.
Beijinhos.
Tânia

T disse...

Olá Jorge,
Obrigada sempre pelas tuas palavras.
Beijinhos.
Tânia

T disse...

Olá Jorge,
Obrigada sempre pelas tuas palavras.
Beijinhos.
Tânia

Anónimo disse...

Nessa camimhada, há ruelas, largas avenidas, becos indecisos, caminhos pedregosos... e as pegadas se alteram, a depender das curvas ou das retas do circuito. Beijo meu.

Anónimo disse...

Vim-te deixar um beijo, com saudades...

Adoro-te