21.6.07

Poemas de ti (IV)




Meus olhos nus
revelam
o meu abandono.
Percebes-me
na expressão dos meus lábios
tremendo
quando digo teu nome.
E no teu corpo
entrego-me
febril,
os poros
transpirando desejo
que repeles
na capa da tua memória
desse amor que guardas
e te prende.
Profundamente teu
nos sentidos que não enganam
na incontida vontade
de te dar guarida
neste coração
que te pronuncia
todo o dia,
é quando,
teus olhos por fim me fitam
e sinto a tua pena
dorida
em que me oferece apenas
o carinho de uma mão
amiga,
que sou outra vez outro,
sou poeta
sou estrangeiro
não sou teu
sou apenas meus olhos nus
escondidos.

2 comentários:

T disse...

Obrigada JB... mais uma vez. Vou continuar a escrever, nem que seja nada, nem que seja só para ti.

Tania
http://cheiadetudocheiadenada.blogspot.com

T disse...

Obrigada JB... mais uma vez. Vou continuar a escrever, nem que seja nada, nem que seja só para ti.

Tania
http://cheiadetudocheiadenada.blogspot.com