O teu rosto,
é como um marinheiro
que se despede
do meu peito
como porto
onde não volta no teu barco,
preso
a um cais que não
conheço.
Desta praia
onde sentado
me abandono,
navega um coração
arrancado
da terra firme,
colhido já maduro,
que te fita de perto
e te toca
com a expressão
de um naufrago,
as velas decepadas
pelo vento
que as teimou em trespassar.
Este amor
que se esvazia
quando o céu tem o tom
do negrume, longínquo
que me torna eloquente
nas palavras
e te pronuncia
nos sonhos
efémeros,
é como espuma
morrendo
nos pés que a praia
guarda
calada
sem destino.
2 comentários:
E é no olhar vago,
no aroma,
na brisa
que fica
o poema
nos sentidos
de quem ama...
Beijo
gosto da sua escrita. parabens pelo blog
poesiadiferente.blogspot.com
Enviar um comentário