12.10.06

Um taça de amor

Teu corpo repousa
em mim,
na quietude dos momentos
que fizemos,
olho teus olhos desnudados,
a beleza de um corpo suado
do amor qu’inda agora tivemos.

Juntamos nossas mãos
com um sorriso,
nossas taças cheias
de um tinto roxo
reservado,
mosto saboroso
que degustamos
e deixamos nossos beijos
se trocar.

Sinto-te outra vez
a querer voar,
abrir tuas asas de águia
predadora,
devorar o céu
que nos abriga,
levar-me onde imagino
tu vais estar.

E no fim desta cadência
intemporal,
somos outra vez
corpos alados,
planando para além
do imaginário
dando-se sem reserva
sem limite,
sem outro destino
que nós mesmos.

... para ti T ...

3 comentários:

Anónimo disse...

Nós já nos beijámos...já nos amámos...já ficámos rendidos ao amor das palavras...pois a poesia faz tocar em nós como se algum dia nos tivessemos encontrado...
És o melhor dos poetas pois tudo é belo á tua volta...
Obrigada pelo poema
T

Jorge Bicho disse...

e toda a poesia traz a vida à sua beira, e o sonho é a fogueira onde se consome o desejo

Anónimo disse...

E ficou uma taça cheia de nada...