28.8.06

Olhares

Os olhos tocam-se
magnânimes,
despertam a vontade
de te ter,
e na linguagem parada
dos sinais,
dos códigos
inventados no momento,
construo a vontade
de dizer,
o que o fundo dos teus olhos
já me disse,
a volta da alma
que não fala
e me perde
na questão irrespondida,
que os tempos
são outros
são passado,
e meus olhos gastos
não atingem,
os teus olhos já não olham
já não vêem
são doutros olhos
o que olho
e não entendo.

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