18.5.06

Distância

Percorro o caminho
que a vida me traça,
abro os braços
calculo a distância
que o mundo me impõe
e encontro-te
na interminavel noite
onde a ausência
me abraça
e uma porta entreaberta
pergunta -
Quando vens?
Desejo-te
Na distância das nossas mãos
separadas,
nas vontades caladas
murmurando encontros
cegos
às vistas desarmadas,
longe.
Mato a distância
sentindo teu peito
batendo dentro de mim,
no desejo
de nos termos,
sussurrando
palavras nuas, breves
que não bastam - distantes;
histórias breves
sem fim
de uma paixão
sem tempo,
que um dia
acabaremos por contar.

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