11.10.18

Sol























hoje a manhã está da tua cor
da tua velha camisola que te conforta
do teu olhar feliz que o sol acaricia
das tuas ancas à minha vista
perfeitas
acordo e te contemplo
em contraluz
e saboreio os teus beijos
espalhados pelo meu corpo
hoje a manhã está outra vez acesa
e o meu peito cheio e imprevisível
um mar silencioso e calmo
onde só tu navegas
onde só tu sabes navegar
hoje há uma história
nos teus olhos que se voltam
e me apanham olhando-te
e nos desejamos outra vez
na brevidade do encalço
onde nos amamos
e nos temos
sem precisar do amanhã
nem perguntar pelo passado
hoje só
quando te amo
e me respondes nua
que me amas mais ainda
os nossos corpos doendo
fatigados
se tornam nesta palavra cheia
generosa
das manhãs feitas poema
onde a luz volta
e o sol se deixa ficar
iluminando


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