A
solidão
agita-se
nos dias mais sós
quando
não tem tempo
para
escolher estar só.
a
solidão quebra-me
a
palavra-passe das memórias
faz-me
navegar nas prateleiras dos livros
enfarinhados,
sábios
entabulado
em corredores,
abrir
todos os cofres
e
todas as salas
onde
me deixo esquecer
molhado,
enlutado
com
mãos cheias de fotos
passados
registados
a
preto e branco
de
um ténue risco
outrora
lábio
semi-lua
inexpressiva
brinco
de um nariz sem razão
que
a rosa já cresceu e murchou
que
o tato assim me cega
por
todos os que cruzo
e
não sinto.
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