14.4.13

Escolhas























As coisas vêm todas dos
mesmos lugares,
e da arte das escolhas
é que decido se a chuva
me molha,
ou se os teus lábios sabem
bem.
O amor e o ódio
cabem em mim ao mesmo tempo
com a mesma intensidade
como um rio de inverno
selvagem, mortal
ou um fio de água terno e cálido
onde os catraios se banham
no fulgor de um verão estival.
Tudo está em mim
nas sombras
nos olhares plenos
como enfrento a luz
e provoco o negrume das noites sem mãe,
Digo ao mundo,
o que quero dizer que sou.
Feito do medo
e da coragem dos dias
com que sorrio ao que não entendo,
como amar-te,
é um simples gesto
onde a vontade
pouco diz.

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