16.11.12

Sem razão















Sem nenhuma razão,
por nenhuma razão,
nem caminho.
sou apenas pensamentos,
e o teu calor
queima,
as dores esquecidas
análgicas,
e os meus olhos -
- dois milhafres negros
ao longe,
sem nenhuma razão
voo sobre as folhas
e tinjo-as de letras
que apenas dizem de ti
o que sei
e não sei de ti,
como apenas sinto e descrevo
como te acomodas no meu poema,
inexplicavelmente
como a razão morresse
no brilho dos meus lábios
que me sabem a ti. 

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