hoje
escrevi-te como se tocasse num poema
e cada
palavra fosse o som da melodia nova.
entendo-te e
escrevo-te em cada som
componho o
teu corpo
como numa
peça de ballet
onde sou
coreógrafo
e tu em saia
de tule
em pontas,
bailas para
mim sem parar
pedindo a
nova canção.
as notas
trauteiam
repetem-se
e o meu corpo escreve-te
retorcido nesta banqueta
aspirando
teu modo,
respirando exausto.
sinto-te nos rodopios, nos saltos
fecho os
olhos
és sal,
espuma de maresia
fresca
selvagem,
nesses teus braços
que
sobem e descem dos céus
como cheiros
das uvas maduras
da terra
molhada.
e o piano
toca
e tu danças
e eu toco
apenas palavras
toscas e
ténues
que eu entendo
no que
sempre querem dizer.
1 comentário:
fecho os olhos
és sal,
espuma de maresia fresca
selvagem,
nesses teus braços
que sobem e descem dos céus
como cheiros das uvas maduras
da terra molhada.
lindíssimo... bj, ana
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