existe um
lugar onde só tu sabes entrar,
onde só tu
adivinhas o lugar da chave
que escondi
para abrires
quando quiseres.
Na minha
casa, castanha
de madeira
velha
deixo sempre
uma limonada
a lareira
acesa
e um livro
do Eugénio
marcado e
riscado
de tanto o
ler.
Na minha
mala levo sempre
um lápis
e um caderno
e o teu nome
escrito em todas as folhas
por teimosia
e por amor,
e o bilhete
de volta
para
regressar
esperando a
porta aberta
para te
olhar e descobrir
os teus
olhos chorando
debruçada
sobre um poemas de Eugénio,
as mãos
quentes da lareira
sempre acesa,
e um copo de
limonada doce
com que os
teu lábios frescos
me dizem
olá.
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