Não me
esperem hoje,
vou demorar
nos sítios onde já estive
vou procurar
as músicas que deixei de lado
vou amar as
fotografias
onde perdi
teu sorriso.
Não me
esperam não,
vou aspirar
o fumo dos meus cigarros
os mesmos
de sempre e
os outros de que não dei conta,
e vou voltar
atrás sem pressa de apanhar
o tal
comboio
que não
passa outra vez.
Vou-me
demorar
na
contemplação do espelho
de ter tempo
para rir de mim,
e dos dias
divididos na agenda
em tempo
útil e tempo livre.
As folhas
que risco
terão forma
de piano
e cada
letra, uma tecla
onde as
melodias chegam
e os meus
dedos negam tudo
o que meu
próprio corpo diz.
Não me
esperem hoje,
sigam,
quando lá
chegarem,
estarei por
lá.
1 comentário:
... é bom demorarmo-nos, naquele tempo que não devíamos ter perdido.
abraço
cvb
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