4.1.12

Chão de chuva














Porque os teus olhos
me procuram
onde sempre estou

porque teimas em me entender
nas minhas próprias razões

porque percorres os caminhos
que calcorreio de cor.

é por mim

que não me encontras
que nunca me entendes
que nunca me segues

cerra teus olhos,
encontra-me no breu
dos sítios sem nome

abraça-me
escuta meu peito
falando em línguas estranhas

percorre-me
nos caminhos
onde o chão cheira
a terra de chuva fresca
sem fim
nem beira onde descansar.

aqui me encontras
aqui me entendes
aqui serás minha.

3 comentários:

Vanda Paz disse...

adoro este poema

beijos

lisamonalisa disse...

gosto muito

Anónimo disse...

lindíssimo! a intensidade que se faz de ti um grnd poeta.

bj, ana margarida