21.9.11

Os outros dias
















Amanhece,
todos os dias amanhecem
com uma consecutiva
dor,
com a consequência
da imaginação e sonhos.
Amanhece
e eu não adormeço
por não saber onde dormir.
sei que o sol volta,
dizem-me,
nas manhãs de todos os dias
de todos os tons,
de todas as temperaturas.
Chove, por vezes chove,
como todos os dias há gente
que ama e odeia
e dentro dos dias repetidos
a não repetibilidade
das marés cheias
é a mesma do que não volta,
dos tempos
que apenas a marca dos passos
decalca no chão seco.
As primaveras surgem
em todos os invernos
como sempre surgem
acasos
como sempre se espera no ocaso
que o brilho dos teus olhos,
meu amor
seja a felicidade razoável.

1 comentário:

Jesus disse...

Olá Jorge
és tu? Estive a ler os teus textos e gostei muito. Um beijinho. Jesus
mjpvenancio@gmail.com