28.6.11

Mistério














Nas memórias dos tempos que somo,
no correr dos dias,
há um mistério
que me traz ao presente,
esta força que me aperta o peito
e me traz zurzido
as rugas marcadas
os lábios secos,
há um mistério
que nenhum livro soube escrever
que a água da chuva
não lava.
há um mistério indelevel
uma luz que não se apaga,
são os teus beijos
e a minha vontade de os ter,
como se a única comida
que me sacia
que me inquieta,
este mistério louco, estranho
de não saber viver sem ti.

3 comentários:

Armando Sena disse...

À procura do que vale a pena. Belas palavras.

Um abraço,
Armando Sena

lamadeirasclick.blogspot.com

Vanda Paz disse...

Um mistério para não revelar. Bonito este poema.

Beijo

Até amanhã

Anónimo disse...

Apesar de termos ambos a mania de querer rebentar com as pernas e testar a resistência da máquina, apenas me "cruzei" com a tua escrita em DEZ09 (o tempo voa!!!).
Hoje, tive a imensa felicidade de poder estar presente no lançamento do teu belo livro. Depois de chegar a casa tive a curiosidade de ir rever o comentário que tinha colocado no teu post de 03DEZ09 "Razões de Ti (4)" e, parece que já naquela altura adivinhava o que hoje saiu à estampa, fruto de muito mérito, e que só pecou por ser escasso - aquilo é apenas a ponta do "iceberg" que a tua escrita comporta!!! Muito obrigado pelo convite e parabéns pela tua primeira publicação - fico à espera de mais!!!

Só por curiosidade copiei para baixo o meu comentário de 14DEZ09.

Um grande abraço.

M. Proença


Anónimo disse...
Realmente a vida é feita de acasos... e de enormes surpresas...
Efectivamente, estava eu a ler a crónica da prova do G. P. de Natal do meu amigo Aristides quando, por um dos tais acasos, deparo com um comentário do "amigo" Jorge.
A curiosidade, própria do ser humano, fez o resto... cliquei no "blogger" e eis que me deparo no meio de um blog repleto de peças literárias que considero de elevadíssima qualidade!!!
Apesar do relacionamento que vamos mantendo, fruto deste nosso vício pelas "voltinhas ao coreto", não podia imaginar ter tão "ilustre" companheiro de corridas.
Claro que já "devorei" uns quantos textos, todos eles carregados de sentimentos e, sem excepção, com uma qualidade literária que me apraz registar e que me farão retornar aqui regularmente.
Um grande abraço, boas corridas e melhores "escritas".

M. Proença

14 Dezembro, 2009