28.3.09

Dôr

A minha dôr
doi-me,
perene, aguda,
impregna este ar
liberta
como o tempo
inesgotavel
e gasta-se
e gasta-me.
Antes fosse
estátua
de gesso branco e frio
impenetravel
de um gesto só.
a minha dor
é transparente
perfeita em seu mister
guardiã das minhas memórias
de me arranhar
cada pequeno pedaço
deste corpo desmembrado
orfão
onde a vontade jaz.
a minha dor é pombo de cidade
não voa nem se assoma
tem a violência
dos bruxedos
e nada faz
senão dor,
dor de doer.

9 comentários:

guvidu disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
guvidu disse...

não gosto de perceber a tua dor, ainda q escrevas bem...mas se te exorciza a alma, então poeta mas prefiro le-te + positivo, ainda q com um quê de nostálgico, pk a intensidade e paixão das tuas palavras faz-nos encaminhar por um mundo de emoções q tão bem traças e, assim, te seguimos. :)
bj grnd luz e paz

Moon_T disse...

http://www.youtube.com/watch?v=vaHOiaZh-2c

Eu disse...

A dor dói mesmo...muitas vezes nos mata por dentro!

Um belo final de semana para você e para todas as pessoas que estão em seu coração!

Um beijo carinhoso

Hugo de Oliveira disse...

Cada um tem a sua propria dor, qe nos corrompe a cada instante! :S



__________abraço

Unknown disse...

Tenho saudades dos teus textos e poemas.
Sei que por vezes só o silêncio nos ajuda na cura e no luto.
Espero que recuperes e que regresses a este teu refúgio onde te esperamos de braços abertos.

Tenho saudades! Mesmo! Vá-se lá perceber estas coisas.

Beijinhos

Unknown disse...

Doce Jorge,
Obrigada pela doçura com que me embalaste.
Deixo-te um miminho a ecoar no nosso cantinho.
A dor e o desgosto podem ser redentores e muitas vezes são o patamar necessário do crescimento valorização para um amor ainda mais maduro, sensível e feliz no futuro.
beijos ternos e um abraço grande
Mei e Arwan

Andreia disse...

Essa dor, é única, e tão pessoal. No entanto, sou capaz de senti-la aqui. *

Vanda Paz disse...

Um dia escrevi assim:

A minha dor dói-me.
A minha tristeza entristece-me.
Solto a dor e a tristeza
nas lágrimas quentes
que escorregam e se desmancham
nos meus lábios que tremem
pela dor que dói,
pela tristeza que entristece.