foto de Regina Lafay
Tenho o desespero
à minha espera.
Arrumo na bagagem
memórias
destes dias em que o mundo
me entretém,
visões do que me falta
para partir.
Não está frio,
deixo a capa pendurada
e saio a porta
para um encontro
a cada hora anunciado.
Ainda é noite
ainda há tempo
para outro rumo
e os caminhos abrem-se
pedindo aos meus passos
que escolham.
Encosto-me na ombreira
da porta
olhando-te…
Volto a casa
o gelo na espinha
o gato fitando-me
a luz apagada,
sei de cor onde está a capa
pendurada…
O desespero espera.
5 comentários:
Um poema muito ao teu estilo.
Beijo
intensa descrição da dor!gostei das alavras, não do sentimento em si...bjs
Por vezes a alma cristaliza e todas as suas cores se transformam num nevão interior, gélido, sepulcral, silencioso. Branco.
Que a tua dor seja compensada pelos dias mornos de arco-íris e que o gelo que agora te tolhe derreta para dar lugar à vida. Porque ela renova-se, de uma forma ou de outra.
borboleijos doces e obrigada pelo rasar de asa que deslizas pelo nosso cantinho.
Mei
espero poder fazer parte um dia dos seus blogs favoritos,o seu já faz dos meus
obrigado
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