foto de: Elena Vasileva
Os teus cabelos,
caem no meu peito
trazendo esse teu ar quente
sôfrego
sofrido,
repetem-se molhados
suados
deixando a minha boca
emudecida,
desejando a eternidade
em cada toque da tua pele
nesse teu cheiro
que me embriaga a memória
e me faz testemunha.
da violência meiga das tuas coxas
que se empurram
encontrando meus quadris
onde desfilas em galope,
amazona do meu corpo.
Percorro as tuas pernas
como um vagabundo,
pernoito nas tuas esquinas
e tapo-me com os sorrisos
que me fazem teu:
E na força que nos toma.
E nos permite.
E nos torna louco sem limites.
- beijo as tuas lágrimas
que caem de dentro
deste amor impossível,
de marés revoltas
contra quebra-mares que nos
adoçam
e tornam teu mar
meu porto
minha dança,
na chuva morna
que cai de ti e provo
louco
do desejo de voltar.
E no fim,
quando o desejo se retempera
em abraços calados
sinto-te como se sente
a brisa fresca da tarde
chegando,
num sorriso,
nascido outra vez.
8 comentários:
E o desejo há que ser sempre retemperado...
Um beijo
Voltaste??? Boa...
Lindo...
Beijo
Uma estonteante dança, um poema intenso e muito sensual! Lindo!
Um beijo
"chegando,
num sorriso,
nascido outra vez"
Um poema lindíssimo, como sempre, cheio de ternura e sensualidade!
Adorei JB!
Beijo
Tens um prémio no meu blog!
Beijo
Faz tempo que não te vinha visitar.
Deixei um miminho para ti no meu bog (dia 7.02.08) aceita-o, é com carinho.
jinhos
Rosa Maria
Ah, Jorge, as tuas palavras ostentam o desejo e cumprem magistralmente as honras do amor.
Lindo como não poderia deixar de o ser.
Beijos.
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