11.9.07

Sei da espera




Sei o quanto sei dizer
sei a que sabe te sentir
sei que te tenho
no meu peito,
sei que tudo o que eu queira
não é mais,
que o tempo a despedir,
as horas que da espera
se vestiram,
de anos de eras
de esperas,
que nada mais marcam
que sentado,
um corpo
requebrado,
um peito ardendo,
de sede
de destroços
deste barco,
que partiu sem se avisar
que o mar revolto,
endiabrado
nada mais queria
que as ondas a brincar,
num cais onde nunca
quis aportar.

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