17.7.07

A vida corre


A vida corre
como a aragem morna
num qualquer dia estival;
passa vagarosa,
murmura
silêncios imperceptíveis,
em passos pequenos
calados…
Sinto-te ainda assim,
no sangue que pulsa
das minhas veias,
dos nós roxos dos meus dedos,
com que sustenho
esta nostalgia, parda e apagada,
E deixo que a vida me escape.
Dou a mão ao destino,
o peso do meu corpo
tombado nos ombros.
Deixo que o sorriso
dos olhos marejados,
embale a nostalgia
dos miradouros perdidos
dos lugares secretos
que todos conhecem
mas só tu sabes ser meu.
Esfrego as lágrimas
que toldam o tanto que olho
o pouco que vejo.
De mãos desprendidas
inúteis,
arrasto meu dia,
atraso a vida
na conversa do tempo.
Desculpas das palavras
que me deixam
ficar.
E de volta à cidade,
percebo que não estás,
A vida?
A vida, corre.

4 comentários:

Anónimo disse...

Esta lindo JB...
A vida corre corre...E nem damos por conta...

Gosto de ti:)


Beijinhos*

Vanda Paz disse...

A vida corre... sempre... sem parar...e temos de correr com ela para não deixar que ela apenas corra por nós...

Beijos

T

Anónimo disse...

Nada de novo te posso dizer...a vida passa por todos nós...deixando lugares secretos,só nossos...que o tempo não apaga...a vida passa...as memórias ficam...são nossas...não passam como a vida...ficam em nós... nesses lugares secretos...que tu bem conheces!...

Mil bjos...doces...muito doces...
...I...

Anónimo disse...

A vida corre, mas ainda bem que a memória permite resgatar o que aparentemente já se diluiu. Foi ontem, mas um ontem está muito próximo. Adorei esse texto. Acho que a vida flui depressa e devemos correr também para alcançá-la.
Vim convidar-te para a minha festa, rs. É meu aniversário e gosto de festejar esse dia especial tb na net. Vai lá dançar um pouquito. Só não deves beber muito.
Beijossssssssssssss