3.5.07

Aguas calmas


Aguas calmas
Chegam lentamente
À enseada
Inundam a minha praia
Sem aviso
Sem um som que me
Desperte
Já fogem os bichos descontentes
E a areia
Fica húmida e fria
Colora de tons
Escuros
O brilho do dia
Que ainda resta.
Chegas ao meu peito
Nesse mesmo jeito
Que percebo
Roubas ao espaço
Cercas o tempo
E sou ouvido
Sou boca
Sou teu estuário
Onde te deitas
E fazes desta
Praia
Um oceano azul
e manso.

1 comentário:

PoesiaMGD disse...

Um belo poema mansamente delicioso! Um beijo