Um terceto composto em homenagem ao sítio Luso-Poemas, onde participo regularmente
Faço desta casa meu porto
onde me acolho e abrigo
e os versos que transporto
são poemas que persigo
na vontade da partilha
onde me encontro contigo.
Lemos a mesma cartilha
abrimos a alma à esp’rança
largados da nossa ilha,
com coração de criança
amamos nossos poemas,
num rio que nunca alcança
a foz de todos os temas,
que nos fazem imaginar
palavras, sons, fonemas.
Descanso enfim o olhar
Descobrindo nesta tela
onde sei me confiar;
e então o mundo é janela,
de saudades e de amor,
da vida que passa por ela
e chorando a tua dor,
dou-te as mãos envergonhado
sou poeta e sou escritor.
escrevo p’ra ti este fado
em folhas brancas sem uso
dou por mim apaixonado,
e culpado eu m’acuso
entrego-me nesta prisão
entrego-me a ti, sítio Luso.
1 comentário:
E que belo porto esse! Já tive o prazer de o ler no Luso-poemas e mais uma vez me encantou...
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