7.2.07

Meu porto

Um terceto composto em homenagem ao sítio Luso-Poemas, onde participo regularmente


Faço desta casa meu porto
onde me acolho e abrigo
e os versos que transporto

são poemas que persigo
na vontade da partilha
onde me encontro contigo.

Lemos a mesma cartilha
abrimos a alma à esp’rança
largados da nossa ilha,

com coração de criança
amamos nossos poemas,
num rio que nunca alcança

a foz de todos os temas,
que nos fazem imaginar
palavras, sons, fonemas.

Descanso enfim o olhar
Descobrindo nesta tela
onde sei me confiar;

e então o mundo é janela,
de saudades e de amor,
da vida que passa por ela

e chorando a tua dor,
dou-te as mãos envergonhado
sou poeta e sou escritor.

escrevo p’ra ti este fado
em folhas brancas sem uso
dou por mim apaixonado,

e culpado eu m’acuso
entrego-me nesta prisão
entrego-me a ti, sítio Luso.

1 comentário:

Vera Carvalho disse...

E que belo porto esse! Já tive o prazer de o ler no Luso-poemas e mais uma vez me encantou...