Se o silêncio de repente alastrasse,
E as palavras quedassem guardadas
Se cada som se perdesse
E as músicas fossem imaginadas
Se as nossas bocas por absurdo,
Nada dissessem, não falassem
E o mundo fosse vazio, surdo
E os amantes emudecessem
Também não ouviria clamores
Ignoraria todos os horrores
E os lamentos, e choros das crianças
E os ais gritados nas despedidas,
Calados, não trariam esperanças
De sarar por vez nossas feridas.
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