25.10.06

Do fundo da manhã

Do fundo da manhã
‘inda o sol não te sabia,
entraste de rompante
no meu peito
deixando o perfume
dos poemas
largados ao redor
do meu destino.
Olhei-te devagar
pedindo aos teus olhos
que dissessem,
o que as palavras já não falam,
as mãos não contêm,
o coração já não segura.

Entregaste-te,
sem medo, sem perguntas,
fechando meus lábios
às palavras,
que o silêncio diz tanto
às vezes,
do mais puro que se guarda
na memória,
do amor
que não se sabe dizer,
nem nos poemas.

6 comentários:

Isa e Luis disse...

Olá,
Obrigada pelo carinho deixado no virtual.

O teu poema é lindo lindo, porquê coração que nos pregas cada partida?

beijinhos

Isa

Jorge Bicho disse...

Obrigado a vocês por me visitarem e pelas vossas mensagens tão carinhosas.
Beijos
Jorge

Anónimo disse...

É sempre uma prazer ler os teus poemas.
Confesso que chego a invejar as musas que te inspiram tamanha poesia, tamanhos sentimentos...

Beijinhos

fã avançada

Anónimo disse...

Escutar um olhar silenciado pela profundidade de quem desperta…

mais palavras para quê?

:)
anaea

Jorge Bicho disse...

anaea, foi tão bom saber que passaste aqui.
obrigado.
um beijinho, com muitas saudades das tuas palavras

Anónimo disse...

"Olhei-te devagar
pedindo aos teus olhos
que dissessem,
o que as palavras já não falam,
as mãos não contêm,
o coração já não segura."
Lindas palavras ...comentar para quê?
Beijo