17.10.06

Breve sonho que não foi

Cruzamos palavras sem pensar
Estendidas pela rua, pela alma
Sonhavam, choravam sem falar
E se deram ao final da tarde calma

E um amor singelo, foi crescendo
Da ponta dos dedos de escritores
Que se davam quando escrevendo
Espantavam do peito seus amores

Mas afinal a estrada era dura
E pior que o mal, foi a cura
Deixaste-me no meio d’avenida

Fugiste sem tempo para falar
Era mais forte o que vinha da vida
Perdi-te sem tempo de te achar.

Sem comentários: