Murmuro de baixinho o teu nome
Nas tardes encantadas de Outono
Quando o frio se chega e o Sol some
E o amor anda à solta, já sem dono
Soltas tuas roupas, ficas nua
O carmim dos teus lábios me chamando
No leito da entrega, és a lua
Onde eu sou teu lobo, te adorando
E na selva dos desejos inventados
Somos corpos entregues, suados
Tocando, beijando, mordendo
Esgotados no calor desta verdade
De dois seres que em liberdade
Se amam até ao fim, mesmo morrendo.
1 comentário:
Voltou o Outono
Vieram as memórias
O peito ainda lateja
As lágrimas espreitam
Tudo ficou em silêncio
Nas lembranças do que não aconteceu
Agora é tarde...
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