6.10.06

Amor Selvagem

Murmuro de baixinho o teu nome
Nas tardes encantadas de Outono
Quando o frio se chega e o Sol some
E o amor anda à solta, já sem dono

Soltas tuas roupas, ficas nua
O carmim dos teus lábios me chamando
No leito da entrega, és a lua
Onde eu sou teu lobo, te adorando

E na selva dos desejos inventados
Somos corpos entregues, suados
Tocando, beijando, mordendo

Esgotados no calor desta verdade
De dois seres que em liberdade
Se amam até ao fim, mesmo morrendo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Voltou o Outono
Vieram as memórias
O peito ainda lateja
As lágrimas espreitam

Tudo ficou em silêncio
Nas lembranças do que não aconteceu

Agora é tarde...