Frente a esta janela, quadrada,
muda,
soltam-se as tuas palavras
como toalha fina de renda
cobrindo a mesa,
que enches frugal,
preciosa.
São manjares finos,
que ofereces.
Sentado em frente,
nasce a vontade
de um faminto;
estendo meu copo,
aceito a jarra de vinho fimo
com que enches
as almas,
dessedentando
corações
envoltos na poeira
áspera do caminho.
Guardo palavras que restam
levanto a mesa,
resta uma cesta vazia
que sempre volta,
cheia e fresca
dos frutos
que o teu coração
sempre volta a escrever.
3 comentários:
A falta de jeito, que me caracteriza, para lidar com um inesperado poema que me é dedicado é ultrapassada pela generosidade com que te desprendeste das tuas palavras e as ofereceste, fazendo sorrir, estas minhas, que te agradecem.
;)
Muito Obrigada Jorge
Anaea
Não são mudas
Tuas palavras
Com que escreves
Tua vontade
Invocam
Uma alma
Que se quer
Na liberdade
Palavras
De uma vida
Que cortam
A respiração
Neste tempo
Indefinido
Nessa distância
Do coração
Para ti,
Obrigada
anaea
Belas homenagens estas que dedicas às tuas amigas do EC! Parabéns pela tua escrita!
Um abraço
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