7.6.06

Já é tarde...

Já é tarde,
quando saio avenida a dentro.
Luzes ocres derramando silêncio
esgotam a porção de dia
que o sol deixou,
nas esquinas,

Não páro,
tenho a pressa dos vagabundos
sem perguntas
nem respostas,
anima-me a música
de um botequim,
chamando-me ao último copo
que teimo em não beber.
Os meus passos
aceleram a vontade de correr,
as minhas mãos voando,
imaginárias asas
que me pedem pressa,
meu corpo
um míssil em linha recta,
desvendando atalhos,
a minha vontade
um passo à frente,
não vás tu chamar-me,
e eu
não dar por ti.

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