26.5.06

Estar contigo

Percorro-te com os dedos
desenhando na tua pele
sinais,
pedindo que os adivinhes,
os confesses.
Percebo-te nos sons
murmurados baixinho,
nos teus lábios vermelhos
mordidos,
insaciaveis.
Estendes teu corpo
como um barco que sai a enseada,
cruzas-te comigo
e somos a linha do horizonte,
onde o mar e o céu
se confundem,
e do teu lado,
olhamo-nos
e o nosso olhar
tem a força das memórias
de todas as nossas noites.
No fim,
mesmo antes que a lua desça
digo-te
o que sempre te digo,
foi bom
muito bom
estar assim,
contigo.

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