6.12.11

Poema de um sim




O meu poema tem um sim
tem o cheiro das cores de outono
ocres, intensas
como a chávena de café que te pouso nas mãos
e os prazeres que te afagam os olhos
nesse teu sorriso
de barco zarpando.

Tenho um sim
de veias cingidas
das mãos gretadas do sal
de um punho fechado
e um peito que não se cala e quer ser livre.

O meu poema tem o sim
dos ventos que não dormem
e das noites
em que te espero, lua redonda
e me beijas nos olhos
dizendo que o sim
já seguiu
à frente
alumiando a vida.

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