31.5.11

Por dentro das manhãs



Oiço as manhãs a nascer
a brisa fresca beija-me
respiro  a alvorada
vindo da madrugada,
do resto das noites sozinhas
onde me sonhei em teu colo.
Respiro todos os minutos
apenas instinto,
esperança cega de haverem outros dias
desiguais.
onde me possua a chama
das rodas de baile e das faces afogueadas
que se sentam e partilham
a vontade de viver. e que riem.
Os pássaros desafiam a noite
em voos só de voar
e da procura de poisos felizes.
sou de dentro de mim
e da minha tristeza
e sou eu que me faço igual
e rasgo cada ideia
como prenda prevista
calculada;
caminho sem saber de onde vem o sol
é já manhã,
a magia passou,
sou já do dia e das coisas dos dias
e sou assim no resto das manhãs
e das tardes que se seguem,
sou de dentro de mim
destes pensamentos vadios
sem conforto,
são apenas meus
são apenas das manhãs que me acordam
no caminho.

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