Faltas-me
como o ar,
faltas-me
como a chuva
faltas-me
como o mar
faltas-me
e dói
como um fado
ao canto de uma esquina
triste
de lisboa
e dói
como as palavras
de despedida
e as das saudades
e dói
como um amanhã incerto
dois olhos negros, encovados
das crianças
dos gestos vagos
e chamo-te
no lado vazio
onde me cheira ainda a ti
na tua boca fechada
na tua inexpressão
faltas-me
e dói.
1 comentário:
existem dores eternas, como a saudade daqueles que perdemos
muito bonito este poema
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